quinta-feira, 17 de março de 2011

Drogas S/A.

Mal termina o carnaval e a roda viva começa a girar ferozmente.

O pau quebrou duas vezes.

A professora de ciências foi chutada por um aluno que queria-porque-queria sair da sala antes do sinal. A professora, abaladíssima, exigiu a presença dos pais do apressadinho imediatamente. Na hora de chamar a polícia e fazer o BO, sentiu pena da mãe do menino e resolveu não registrar a queixa.

A mãe de um aluno da educação básica resolveu passar na escola para pegar o filho mais cedo. Diante da negativa do porteiro em deixá-la entrar, não hesitou em dar um soco na cara do porteiro e ainda prender seus dedos no portão com toda força. Por que o porteiro não deixou essa mãe furiosa entrar?

Drogaditos e Cia.

A maconha está rolando solta na escola. A turminha rebelde fuma atrás da cozinha da sala dos professores. Muita gente sente o cheiro e dá notícia. Ninguém faz nada. Eles têm medo. Quem garante que o adolescente não vai voltar armado pra escola e disparar tiros para todos os lados? Quem garante que ele não vai quebrar a janela do carro de quem enfentá-lo?

Se eu fosse a diretora ( graças a Deus , não sou) daria o flagrante sem dó, levaria todos pra minha sala e lhes diria o seguinte:

_ Olhem aqui: eu não tenho nada com a vida de vocês. Se vocês querem fumar, que fumem! Se querem cheirar, que cheirem! Se querem beber, que bebam! Vocês podem fazer o que quizerem da vida de vocês, desde que seja bem longe da escola! Aqui, não! Aqui não é lugar para fumar maconha e sabem por que? Porque aqui  tem crianças de sete, oito anos que também estudam nessa escola. Se der algum problema grave, vai dar problema é pra mim. Vocês querem que eu perca meu emprego? Eu tenho família pra sustentar. Eu não tenho nada contra vocês. Vocês têm alguma coisa contra mim? Vamos combinar o seguinte: eu não chamo a polícia e vocês nunca mais façam isso aqui, na escola, entenderam? Vou fazer de conta que nada vi, nada sei, e vocês prometam que nunca mais vão fazer isso, ok?

É isso que acontece por aí. A polícia não  fica sabendo da missa, a metade. As diretoras preferem fazer um acordo com os alunos "drogaditos". Vale mais a pena tentar estabelecer uma trégua temporária do que chamar a polícia.  E elas estão certas. Certíssimas. Não há outra saída pra essa situação.

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