terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Não quero ser uma velhinha surda

Hoje depois do recreio os decibéis da gritaria dos meninos atingiram níveis tão altos, mas tão altos, que senti tonteira. Pensei que fosse desmaiar.

Ninguém merece essas escolas reformadas por firmas de engenharia de propriedade de deputados. Ninguém merece o pouco caso do governo do Reino da Província com o dinheiro público nessas reformas picaretas que não levam em conta o básico do básico em um ambiente escolar que é a acústica.

Na minha escola a coisa foi tão mal feita, mas tão mal feita, que quatro salas de aula dão de frente para a quadra coberta. O som não tem por onde escapar. Bate e volta, bate e volta, num eco infinito. Os decibéis são ensurdecedores.

Terminei o dia com uma dor de cabeça atroz.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Começou.

Este ano peguei todas as turmas de sexto ano, à tarde. E mais seis aulas pela manhã. Ao todo, 10 turmas, 300 alunos. Sobreviverei? Chegarei ao fim do ano sem precisar tomar remedinhos tarja preta? Não creio.

Diante desses números o salário fica ainda menor e cada vez mais ridículo: R$ 1.134,00 (líquido).

Êta "polititica"! E a classe média, que deveria exigir do governo o direito à uma educação pública, de qualidade e GRATUITA para seus filhos, onde está? Onde está a classe média? Onde?

Ah! A classe média está no shopping, deslumbrada com o crédito fácil de um Brasil pseudo nouveau riche!

Vá, classe média! Vá comprar, comprar, comprar...Vá...,Boba!