sábado, 6 de julho de 2013

Enquanto "seu piso" não vem... greve!

Eu gostaria de saber por que o sindicato dos professores não negociou o piso proporcional de R$ 720,00, mais biênios , mais quinquênios, etc. quando o governo sinalizou que estava disposto a concedê-lo, em 2011? Qual foi a verdadeira proposta do governo em relação ao piso proporcional de 720 reais? Por que o sindicato não aceitou? Por que o governo voltou atrás e passou o rolo compressor do subsídio em cima de toda a categoria? O que deu errado?

Talvez, se o sindicato tivesse aceito a proposta do governo, mesmo que ela fosse desvantajosa naquele momento, talvez o piso ainda estivesse na pauta da luta dos professores. Conseguir um  piso capenga era melhor do que não conseguir nada. 

A verdade é que os professores  estão desiludidos com o sindicato. E o que é pior: estão desiludidos com a greve como forma de luta. Por outro lado, o salário está tão ruim que é bem capaz dos professores embarcarem de novo nessa jornada de tentar ressucitar o piso.

Eu já disse o que penso neste blog. Para mim, devemos entrar em greve por melhores salários e por uma carreira, mesmo que seja dentro da tabela do subsídio. Sou a favor do piso, mas acho muito difícil resgatar toda aquela força que tínhamos em 2011.

A luta pelo piso deve continuar, mas é preciso que o sindicato também defenda reivindicações mais prováveis de serem atendidas. Qualquer melhoria salarial é bem vinda. Qualquer aperfeiçoamento daquela tabela hedionda do subsídio será bom para o magistério. Se quisermos aproveitar o rescaldo dessas manifestações que varreram o país durante a Copa das Confederações, o momento é agora. Se não fizermos greve agora vamos perder o bonde da história.

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