sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Quando o pau quebra

Se você, caro colega, afirmar de pés juntos que o pau nunca quebrou durante suas aulas, devo lhe dizer que ou você está mentindo, ou merece um prêmio equivalente a dez vezes o seu salário por manter seus alunos tão calmos. Aliás, o seu caso deveria ser estudado por especialistas e pesquisadores da Educação por ser absolutamente uma exceção à regra.

A regra todos já conhecem: a violência nas escolas é constante. E todos nós sabemos que o que chega à imprensa é apenas a ponta de um iceberg gigantesco capaz de afundar dez Titanics de uma vez.

O pau quebra e "de com força"! As diretoras tentam resolver internamente os casos de agressão porque sabem que podem ser punidas pela Secretaria de Educação de várias formas. Uma delas é através da famigerada avaliação de desempenho. Se o pau quebra, a nota é baixa. Não há denúncias, logo as estatísticas não correspondem à realidade. O poder executivo vai pondo paninhos quentes nas feridas, projetinho aqui, projetinho ali, e a situação continua ad infinitum, sem luz no fim do túnel.

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