segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O salário dos professores de Pernambuco

A morte de Eduardo Campos embananou o meio de campo da presidente Dilma na sucessão presidencial. Agora Marina Silva, de acordo com as últimas pesquisas, ganha de Dilma "Rousselfie" no segundo turno.

Sempre votei no PT a minha vida inteira, mas estava inclinada a pesquisar e talvez dar um voto de confiança ao PSB. Eduardo Campos tinha um discurso razoável. Dava a impressão de ser um político transparente e sincero. Não estou querendo dizer, caro colega, que o sujeito era um santo. Longe disso. No Brasil, a morte purifica a reputação de qualquer um. Qualquer um. Acho que não é o caso. Mas vasculhando umas revistas velhas em busca de imagens para ilustrar o Para Casa da minha filha, deparei-me com uma entrevista de Eduardo Campos à revista Época. Nessa entrevista, Eduardo Campos falava de aumento de salário e da necessidade de se instituir uma carreira para professores de escolas públicas.

Bom, pelo menos ele falava. Porque ninguém, nenhum outro candidato, toca no assunto "salário digno para os professores". Todos dizem "mais verbas para a Educação". O discurso é sempre genérico. Assumir o compromisso de uma política pública que cobre dos governadores e dos prefeitos uma solução para a efetiva valorização do magistério, ninguém assume. Estão todos esperando os royalties do pré-sal. A grana do governo é para "estimular" o investimento privado. Educação, saúde e segurança que esperem. Que esperem pelos lucros do pré-sal.

Então pesquisei sobre os salários dos professores de Pernambuco. E a conclusão a qual cheguei é que é tudo a mesma miséria. A mesma mesquinharia. Mil e poucos reais. Ou 400 euros. Ou 500 dólares. Por mês.

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