terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Ela só pensa em férias, ou quando d. Maragarida pira

"Se a secretaria de educação quer que eu aprove todos os meus alunos, quem sou eu para contrariar o governo? Sou esperta: faço o que me mandam quando isso me convém."

(D. Margarida fica muito cínica no fim do ano. É difícil aguentá-la.)

"Mas que isso é um absurdo, ah, isso é! O fulaninho não fez naaaaaaada o ano inteirinho, e no final vêm as especialistas nos dizer que a secretaria exige um relatório completo para cada aluno reprovado, desde o início do ano até hoje, com todos os trabalhos, todas as intervenções pedagógicas, todas as recuperações paralelas, todas as reuniões com os pais, etc."

(O certo seria exatamente isto: um relatório bem feito)

"O controle do processo ensino-apredizagem do menino não foi feito por elas, as especialistas. E agora está o maior terrorismo lá na escola: 'Tem que passar, gente! Não pode dar bomba! É ordem da secretaria!"

(O relatório por parte dos professores é muito simples: "não realizou as atividades", "não realizou", "não fez". É só pegar o caderno do menino e apresentá-lo no dossiê. Arquivar as avaliações não realizadas. E por que não foram realizadas? Aí já é um trabalho das especialistas junto aos professores. A responsabilidade do acompanhamento dos alunos que não deixam os outros que querem estudar em paz é delas!  O relatório final é um trabalho das especialistas. As especialistas são as responsáveis pela coordenação da aplicação do planejamento pedagógico feito por toda comunidade escolar)

"E agora ficam aterrorizando os professores sérios que sabem muito bem quem lê e quem não lê  em cada turma, pressionando os caros colegas a não reter ninguém. Trata-se de uma desmoralização completa do profissional compromissado, e, o que é pior, da formação de uma escola da impunidade."

(D. Margarida se acha a professora perfeita, o que não é verdade. Que preguiça de d. Margarida! A verdade é que a burocracia atrasa todo mundo. Inclusive d. Margarida. Ela se afoga no mar de papéis. Desorganizaaaada...!)

"Se é assim, vou inventar pontos para todo mundo! Vou passar todo mundo! Se é assim... se o aluno passa o ano inteiro sem fazer atividades e no final do ano eu sou obrigada a passar esse menino, para quê vou me dar ao trabalho de planejar atividades?"

(Cínica e antiética. Os alunos não têm culpa da picaretagem do professor.Afinal, ninguém obrigou d. Margarida a ser professora. Não é verdade, d. Margarida? A senhora foi ser professora porque quis! Então não reclame!).

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