quarta-feira, 24 de abril de 2013

Paralisação dos professores

"Hoje tem assembléia?
Tem, sim senhor!
E o professor, o que é?
É..."

Eis a questão: quem somos nós, caro colega? Qual é o nosso papel nessa nova sociedade da informação, da tecnologia e do consumismo?

Paralisação no final do bimestre é um presente, você não acha? Três dias para corrigir toneladas de provas e exercícios e para fechar os diários. Aproveitamos o recesso político de outra forma, trabalhando em casa.

Não, eu não fui à assembléia, mas gostaria de ter ido. Soube que há um indicativo de greve para o início de junho. Sou a favor. Entretanto, minha pauta de reivindicações é um pouco diferente daquela do sindicato.

Em primeiro lugar, penso que deveríamos balizar nossas reivindicações salariais pelo salário mínimo. Motivo: a população não entende nada de "piso salarial", mas se você disser que o seu salário é igual a dois salários mínimos e que você deseja ganhar três salários, o povo vai entender, comentar e apoiar os professores.

Em segundo lugar, concordo com o sindicato em relação às aulas de exigência curricular obrigatória. Fui uma vítima. A escola poderia ter me dado as 16 aulas, mas obrigaram-me a assumir duas aulas obrigatórias. E até hoje não recebi por elas.

Em terceiro lugar, professor tem que entender de legislação. As pessoas vivem imersas em "achismos". Tornam-se, dessa forma, em jargão político desgastado, "massa de manobra" não só de propostas de lutas natimortas, mas também de algumas especialistas, vice-diretoras e diretoras que aterrorizam os professores com ameaças sem fundamento jurídico.

O sindicato faria um bem enorme à categoria se promovesse periodicamente cursos de conscientização jurídica abertos aos professores. Dessa forma estaria cumprindo a pauta revolucionária clássica, fortalecendo as bases.

Devemos começar a pensar em uma nova greve.  

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