Fim de bimestre. Dezenas de notas pra fechar. Centenas de exercícios pra corrigir. Diários pré-históricos pra preencher. E ainda por cima a tal recuperação paralela que nos obriga a dar chances e mais chances aos alunos preguiçosos.
S. , 15 anos, é uma dessas alunas indolentes. Falta muito e copia todos os trabalhos e exercícios de outras colegas. Eu a chamo secretamente de Barbie Negra. É uma garota bonita, alta e esguia, mas também muito burrinha pois faz questão de desperdiçar a própria inteligência.
Em um belo e tumultuado dia, fiz a distribuição dos trabalhos de recuperação paralela. Pois a menina pegou a apostila, dirigiu-se a mim e teve a indecência de perguntar:
"É pra fazer, professora?"
"Não. É pra você colar essa atividade na parede ao lado da sua cama e ficar admirando a nova decoração", respondi, sem o menor pudor.
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